Depois do aborto, tema gratuitamente discutido devido à visita do Papa (gratuitamente porque a maioria absoluta da população é contra), o governo federal lançou um programa de planejamento familiar, incluindo incentivo à vasectomia, esterilização, pílulas anticoncepcionais a preços reduzidos e campanha de esclarecimento. A justificativa é a mesma do aborto: a saúde pública.
Podemos pensar: como ficam os hospitais, os pronto-socorros, o SUS, e o atendimento à saúde pública? Por que esse interesse repentino em limitar o aumento populacional no Brasil?
Parecem ficção, mas existem teorias que merecem ser consideradas, mesmo que à primeira vista pareçam absurdas. Trataremos do assunto na edição de julho do Palavra Espírita (acompanhe aqui).
Há uma posição defendida entre alguns espíritas (uma posição pessoal, é claro) que diz que a mulher (ou o casal) que usa pílula interfere no planejamento reencarnatório. Seria o caso de se pensar que, quando a mulher deixa a natureza cuidar do assunto, o tal do planejamento reencarnatório sempre estabelece um alto número de filhos. Curioso, isso.
Há uma relação absolutamente correta entre o planejamento familiar e a qualidade de vida. Porém, a ordem correta é primeiro a qualidade de vida, e depois a busca do planejamento familiar. Isso pode ser visto entre mulheres que deixam de ser meras reprodutoras e ingressam no mercado de trabalho. Essas mulheres não recusam a maternidade, porém não querem ter mais que 2 filhos. É o caso das mulheres de Bangladesh, descrito no livro "O fim da pobreza", de Jeffrey Sachs. A motivação para o planejamento familiar não veio de campanhas esclarecedoras ou marketing de saúde pública, e sim da melhoria da condição da mulher na sociedade.
Esse é o caminho.
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