sábado, 20 de fevereiro de 2010

O olhar é do paraíso, mas vê o inferno




"Um olhar do paraíso" foi bastante divulgado pela mídia espírita desde o final da produção, há meses atrás. O título original tem mais a ver com o filme: restos angelicais, porque, como se sabe, Hollywood convive melhor com mortes, tragédias e assassinos seriais. É o caso desse filme. Um psicopata mata Susie Salmon, de 14 anos, com requinte. A partir daí, ela, do mundo espiritual, prende-se às situações e interfere nos acontecimentos até que a situação esteja resolvida. Um clichê que tem se repetido em todos os filmes e séries que envolvem espíritos. Desde "O Sexto Sentido", os mortos não têm mais sossego. Sempre têm alguma coisa pra resolver, e por isso não podem ir embora.

O filme é um suspense, e só pode ser apreciado dentro desse gênero. Não se destaca, mas acrescenta o elemento espiritual de uma forma até interessante. A menina Susie se encontra em uma região do mundo espiritual que não é boa nem ruim, mas que se modifica enquanto ela experimenta a alegria ou a tristeza com o que acontece com sua família. Imagens bonitas e às vezes exageradas, que não chegam a nos envolver.

O que envolve mesmo são as cenas de suspense. Arte é percepção, e a percepção que se tem dessas cenas, que envolvem a perturbação espiritual de Susie, é muito ruim. Por isso, quem espera sair do filme melhor, por ser um filme sobre os espíritos, não se engane. Vai sair pior.


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