segunda-feira, 28 de maio de 2007

O fundo do poço da ética

Um interessante artigo de Josias de Souza (veja aqui), com o título Um país condenado a viver à beira do abismo eterno, comenta sobre a nossa incômoda conivência com o que se passa no mundo do poder.

E a razão para essa conivência é bem simples: se estivéssemos lá, faríamos o mesmo. Ou haveria alguma outra explicação? Será que uma sociedade primorosamente ética permitiria que entre seus representantes estivessem pessoas que trabalham contra a nação, como ocorre no Brasil? Afinal, de onde saem os políticos, senão dessa mesma sociedade?

A Finlândia é considerado o país menos corrupto do mundo (isso significa que, se há corrupção, ela não é percebida). Dentre os mais corruptos, dependendo do método adotado, estão Iraque, Sudão e Haiti. O Brasil ganhou nota 3,3 (de 0 a 10, sendo que zero corresponde a uma maior percepção da corrupção). Veja aqui o ranking completo da Transparência Internacional.

Diz a sabedoria popular que cada povo tem o governo que merece. Com o passar dos anos, continuar com ele(s) já é masoquismo.

2 comentários:

  1. Sobre o assunto, lembro-me imediatamente do seguinte:

    Livro dos Espiritos - PARTE 4ª - CAPÍTULO I
    932. Por que, no mundo, tão amiúde, a influência dos maus sobrepuja a dos bons?
    “Por fraqueza destes. Os maus são intrigantes e audaciosos, os bons são tímidos.
    Quando estes o quiserem, preponderarão.”

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  2. Perfeito comentário, Álvaro.

    Resta-nos, talvez, ser bons de verdade... :(

    Não desistamos, portanto!

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